O Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, anunciou esta segunda-feira, (20.06), que o Conselho de Administração do Fundo Monetário Internacional,
FMI autorizou a retoma do seu programa financeiro com a Guiné-Bissau, no âmbito da Facilidade de Crédito Alargado, suspenso formalmente há quatro anos.
Desde 2015, o FMI não apreciava nenhum dossier da Guiné-Bissau, devido a célebre operação de RESGATE dos bancos em 2015.
Em conferência de imprensa, leadeado dos membros do governo ligados as áreas económicas e financeira, primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam sublinha a importância desta acção do fundo e, realçou a confiança demonstrada pelos parceiros no actual governo.
"Governo lutou e conseguiu de fato restabelecer com os parceiros as relações na base de confiança, suportado por um conjunto de ações concretas baseadas na gestão transparente e rigorosa da coisa publica", disse ele.
Com esta retoma, Nuno Gomes Nabiam garantiu que, já estão asseguradas as bases rumo ao desenvolvimento de forma sustentada e duradora, pois segundo ele, ainda no decurso deste ano, o país irá beneficiar de "apoios importantes e necessários para financiar o seu desenvolvimento".
A decisão do Conselho de Administração do FMI surgiu após aprovação de dois importantes documentos de avaliação relativos à Guiné-Bissau, designadamente : Relatório de avaliação de execução do Programa de Referência (SMP) acordado em julho de 202 e, Relatório da Avaliação feita ao abrigo do Artigo IV do FMI.
Com este passo, assegurou o Chefe do Governo, "está aberto o caminho para se iniciarem as negociações para um Programa Financeiro com o FMI ao abrigo de Facilidade de Crédito Alargado (FCA)".
Em 13 de Maio de 2022, o governo através de uma carta solicitou à Diretora Geral do Fundo, Kristalina Georgieva o restabelecimento do referido programa, sobre o qual teve uma resposta favorável.
Porém, de acordo com a Senhora Kristalina Georgieva, uma assistência financeira ao abrigo da Facilidade de Crédito Alargado pode ajudar o Governo guineense para prosseguir com as reformas e, assegurar a estabilidade económica, criando assim um espaço orçamental com vista responder às necessidades de desenvolvimento e do reforço da governação do país.
Essas reformas considerdas cruciais, foram indicadas pelo Governo, no quadro do seu programa, visando diversificar a economia para reduzir os riscos orçamentais e estimular o desenvolvimento económico sustentável.
A Diretora Geral do Fundo Monetário Internacional, FMI, Kristalina Georgieva disse esperar uma relação de cooperação incessante com a Guiné-Bissau.
Na sua última reunião, o Conselho de Administração do FMI elogiou o empenho das autoridades nacionais, tendo sublinhado um crescimento do PIB na ordem de 1, 5% em 2020, e estima que, tenha acelerado para 5% em 2021 devido à produção recorde da castanha de caju e, investimento público em infraestrutura, entre outros. Também, o Conselho de Administração do fundo saúda a implementação do Programa de Consolidação e reforma fiscal na Guiné-Bissau.
