No prelúdio das negociações com vista a estabelecer um programa financeiro, o Chefe da Missão Técnica do FMI,
José Gijon, exprimiu um quadro otimista na perspectiva das negociações que começaram esta terça-feira (08.11) terminem com acordo financeiro alargado com a Guiné-Bissau.
Se essas negociações forem satisfeitas, "o Conselho da Administração do FMI reúne-se em Janeiro de 2023", o que pode determinar a inclusão da Guiné- Bissau na Facilidade de Crédito Alargado- ECF, suspenso há quatro anos.
"FMI continua engajado para apoiar à Guiné-Bissau a resolver os problemas económicos e financeiro", concluiu José Gijon.
Por seu lado, o Ministro das Finanças, traçou um quadro favorável na perspectiva de conter despesas públicas, nomeadamente, a redução de Assessores e, Conselheiros do Presidente da República e dos Titulares dos Órgãos de soberania, destacando, Presidente da Assembleia, Primeiro-ministro e, do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça.
Concernente a Empresa de Electricidade e Águas da Guiné-Bissau, (EAGB), o Ministro das Finanças reconheceu que, o mesmo continua a ser "um risco fiscal" garante que, "o governo não vai injetar fundo na EAGB", mas estará "acompanhar" a sua gestão.
Ilídio Vieira TÉ referiu também a situação nos sectores da educação e, saúde, onde foram assinalados ingressos irregulares, que conduziram aumento exponencial da massa salarial, daí que, o governo decidiu adotar "medidas corretivas."
Sobre Educação e Saúde, o Ministério das Finanças garante que, até ao final deste ano, 2022, o governo vai pagar todos os atrasados salariais nestes dois sectores, estimado em mais de 4 biliões de francos.
Por conseguinte, o fornecimento da eletricidade da barragem de Kaleta já é uma realidade, anunciou o vice primeiro-ministro, que fez que, "daqui a pouco a Guiné-Bissau vai começar a beneficiar da energia no âmbito da OMVG."
A partir da cidade de Sharm-el-Sheik, Egito, onde participa na Cimeira sobre o Clima, Soares Sambu esclareceu que, "a electricidade a partir de Kaleta chega ao país brevemente e, as condições para tal já estão criadas."
Ainda, nesta reunião inicial com a Missão do Corpo Técnico do Fundo Monetário Internacional, foram abordados entre outras, a situação do Banco Comercial, BAO e gestão do fundo de Covid-19.
