FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL, FMI APROVA O DESEMBOLSO TRIENAL DE 38,4 MILHÕES DE DÓLARES EM ASSISTÊNCIA FINANCEIRA À GUINÉ-BISSAU.

O Fundo Monetário Internacional, (FMI) anunciou esta segunda-feira (30.01) que financiará um programa ampliado para a Guiné-Bissau nos próximos três anos, no valor de 38,4 milhões de dólares

para garantir a sustentabilidade da dívida e o crescimento econômico, no âmbito de Facilidade.de Crédito Alargado, ECF, suspenso há quatro anos.

"Este novo programa financiado pelo FMI terá vários objetivos bem definidos, como garantir a sustentabilidade da dívida ao mesmo tempo que apoia a recuperação económica, melhorar ainda mais a boa governação e reduzir o risco de corrupção e criar espaço fiscal para apoiar o crescimento inclusivo", referiu o Fundo após a deliberação do seu Conselho de Administração.

A duração deste programa é de 36 meses e o Fundo Monetário Internacional decidiu de imediato desembolsar 3,2 milhões de dólares, ou cerca de 3 milhões de euros.

" O programa de financiamento expandido é necessário para melhorar a confiança dos doadores e do setor privado e catalisar o financiamento concessional muito necessário da comunidade internacional, que relata a aprovação do novo acordo, que segue um programa de nível técnico que estava em vigor em 2021 e 2022.", sublinhou o FMI.

O Drector-executivo adjunto do FMI, Bo Li, disse que "a Guiné-Bissau tem demonstrado um forte empenho na implementação das reformas, num ambiente difícil, conseguindo levar a cabo satisfatoriamente o programa seguido pela equipa técnica, que durou nove meses", sublinhou.

No entanto, o Sr. Li também expressou sua preocupação para os próximos meses por causa dos vários desafios que teriam de ser enfrentados, mesmo que a economia se recupere.

“As perspetivas estão sujeitas a riscos significativos relacionados com a diminuição do poder de compra, a volatilidade das exportações de castanha de caju e sobretudo os impactos da guerra na Ucrânia, que poderão ter influência nos preços dos bens alimentares e da energia”, disse o Diretor Executivo do FMI.

A Guiné-Bissau também não escapou à crise sanitária ligada ao COVID-19 e aos impactos negativos da guerra na Ucrânia.


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