- O chefe da missão do Fundo Monetário Internacional, FMI, José Gijon reiterou esta terça-feira, (05.04), no prelúdio da terceira avaliação à Guiné-Bissau o "apoio total do fundo as políticas macroeconómicas formuladas pelo governo guinense."
Numa comunicação conjunta com o Ministro das Finanças, João Alage Mamadu Fadiá, na qual participaram, Secretários de Estado do Tesouro e do Orçamento e Assuntos Fiscais, economistas sénior do fundo e Banco Mundial, o chefe da Missão do FMI lembrou que" só em 2021, FMI concedeu assistência financeira considerável à Guiné-Bissau." José Gijon sublinhou o significado da missão que dirige, devido o período em que ocorre "Ramadã e Páscoa", facto que, segundo ele, "monstra os esforços do fundo para apoiar o desenvolvimento económico da Guiné-Bissau." Se tudo correr como previsto, garante o chefe da missão, "a partir de 17 Junho de 2022, "o fundo vai começar a discutir com profundidade a situação económica e financeira da Guiné-Bissau e, os progressos registados", concluiu José Gijon. "Pois, o fundo concorda com a execução com sucesso do Orçamento Geral de 2021, porque as metas estabelecidas foram cumpridas", afirmou o chefe da missão do Corpo Técnico do FMI, prometendo uma avaliação minuciosa da execução do Orçamento geral do estado, (OGE) 2022 e, espera que o mesmo seja executado como 2021. "Não obstante um contexto económico internacional difícil, mas há pontos imprescindíveis" esclareceu José Gijon. A missão irá permanecer no país para analisar, os riscos fiscais, dinâmica da economia a curto e longo prazos, política macroeconómica, sustentabilidade da dívida, diversificação da economia, entre outros. Por seu lado, o Ministro das Finanças, João Alage Mamadu Fadiá expressou a sua satisfação pela missão e, "espera que os objetivos traçados sejam alcançados para poder alinhavar os programas financeiros, de modo atrair os parceiros." João Alage Mamadu Fadiá traçou um bastante favorável na perspectiva da colecta de receitas, não obstante, algum recuo assinalado, devido à saída da Empresa, Maersk. "Agora, uma boa parte das mercadorias é importada por via terrestre" indica o titular da pasta das Finanças, sem descurar também, da guerra na Ucrânia, facto que segundo João Fadiá, "dificultam a mobilização das receitas e a dinâmica da economia." O Ministro das Finanças referiu sobre o recenseamento de raiz dos funcionários públicos, visando "controlar as despesas, particularmente a massa salarial", precisou ele, tendo enfatizado a criação da conta única no tesouro, no âmbito da centralização das receitas públicas, através do balcão do tesouro. Referindo-se as despesas públicas, João Fadiá, destacou os Sectores de Saúde, Infraestruturas e recenseamento eleitoral. Sobre este último, o Ministro das Finanças disse que, "despesas ligadas às eleições são indispensáveis." A gestão da EAGB foi objecto da preocupação do Ministro das Finanças que promete buscar soluções mais consentâneas para "evitar riscos fiscais." O Ministro das Finanças não escondeu à missão do fundo a sua preocupação face ao aumento drástico dos preços dos produtos da primeira necessidade, situação associada a pandemia e a guerra Ucrânia. São cenários que, o Chefe da Missão classifica de "adversos" e falou no impacto colossal caso a guerra na Ucrânia chegue um ano.