FMI PREVÊ QUE ECONOMIA DA GUINÉ-BISSAU CRESÇA 4, 5% EM 2023.

O Fundo Monetário Internacional, (FMI) prevê esta quarta-feira, (10.05)em Washington que economia da Guiné-Bissau cresça 4,5% em 2023, ultrapassando, 2022 que se situa em 3,5%.

"O crescimento é estimado em 3,5% em 2022 e deve melhorar para 4,5% em 2023", refere FMI, após concluida a primeira avaliação do Programa de Facilidade de Crédito Alargado para Guiné-Bissau de 36 meses que ditou o desembolso imediato de US$ 3,2 milhões.

Enquanto isso, o Fundo Monetário Internacional ressalta que, a inflação média aumentou para 7,9% em 2022, e faz saber que, o "crescimento foi afetado negativamente por fraca exportação de caju e choques externos, mas a produção agrícola, projetos de infraestrutura e relativa estabilidade política no país contribuiram bastante.

Em comunicado, o FMI informa que, o desembolso imediato à Guiné-Bissau visa "ajudar a fazer face às necessidades de financiamento do país", reconhecendo que, "o desempenho tem sido forte durante a fase inicial do programa".

Além disso, este desembolso permite assegurar o financiamento fiscal e de balanço de pagamentos do país e apoiar a recuperação económica. Na nota, enfatiza ainda, que as autoridades nacionais continuam empenhadas na implementação das medidas de "política fortes e reformas estruturais" , destacando a Governação e gestão orçamental.

Bem assim, FMI diz que, o desempenho do Programa estabelecido com a Guiné-Bissau foi satisfatório e, "reflete a capacidade das autoridades de manter a estabilidade macroeconómica", não obstante, um ambiente externo muito difícil devido os efeitos da guerra na Ucrânia e condições financeiras globais mais restritivas, inclusive na UEMOA.

Todavia, o fundo lembra que, o desempenho do Programa deve melhorar a confiança do setor privado e dos doadores e catalisar ainda mais o. tão necessário financiamento concessional.

"No futuro, garantir a continuação de políticas fortes é fundamental para manter o bom desempenho do programa", alerta FMI, que requer, segundo o Fundo Monetário Internacional, "uma consolidação orçamental credível que assegure a sustentabilidade da dívida a médio prazo" .

De acordo com o comunicado emitido pelo Conselho de Administração do FMI, "a agenda estrutural foi concebida para fortalecer a governação e os quadros ABC/CFT, melhorar a gestão dos recursos fiscais e do investimento público, aumentar a transparência, a prestação de contas e combater a corrupção."

Aliás, FMI lembra que, agora, as prioridades são" o fortalecimento da administração e arrecadação de receitas, inclusive por meio da implementação da nova lei do IVA, e uma gestão mais eficiente da massa salarial apoiada por um novo censo de funcionários do setor público e a implementação de uma solução blockchain apoiada pelo FMI."

Termina, o fundo aconselha "é fundamental perseverar a ambiciosa agenda de reformas estruturais, especialmente no contexto das próximas eleições parlamentares, para colher plenamente o efeito catalisador do arranjo ECF".


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